Expansão prevista pela Organização das Nações Unidas, de 3,3%, é a menor entre os países emergentes
Genebra/Washington. A Organização das Nações Unidas (ONU) reviu para cima a taxa de crescimento do Brasil para 2012 e 2013,
mas alertou que a situação vivida pelo euro é a maior ameaça que atravessa a economia mundial e que um aprofundamento da crise não poupará os países emergentes. Para ONU, momento atual na zona do euro é ameaça à saúde da economia mundial
Segundo as novas projeções, o Brasil teria uma expansão de seu PIB de 3,3% neste ano. A taxa é a mais baixa entre todos os países dos Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul). Mas está acima do que a ONU projetou em janeiro para a economia brasileira e que previa expansão de apenas 2,7%.
Investimento privado
Segundo a avaliação da ONU, a recuperação da economia brasileira virá da retomada do investimento privado, sustentado pelo acesso ao crédito oferecido pelo governo. Ainda assim, a taxa de crescimento será inferior à média da América do Sul, que terá expansão de 3,8% no ano.
Para 2013, o crescimento será ainda mais pronunciado. A projeção inicial era de um crescimento de 3,8%. Mas a nova estimativa aponta para uma alta de 4,5%. Segundo a entidade, o Brasil é um dos poucos casos em que a revisão do PIB foi para cima.
Pelo mundo
Para a economia mundial, a revisão foi justamente para baixo, com uma expansão agora projetada de apenas 2,5% no ano. Para 2013, o crescimento seria de 3,1%. Para a ONU, a situação vivida pelo euro é hoje a maior ameaça para a economia mundial. "Uma escalada poderia gerar uma turbulência severa, levando a uma contração da atividade econômica nos países desenvolvidos", indicou.
Mesmo se uma crise ainda mais profunda for evitada na Europa, o bloco terá um ano de estagnação em 2012.O desemprego também continuará a aumentar. Salvo em três casos: Brasil, China e Alemanha. O comércio terá expansão de apenas um terço da taxa de 2010.
Medidas
Para superar a crise, a ONU insiste que apenas medidas de austeridade não funcionarão. A entidade pede o estabelecimento de políticas de crescimento e alerta que austeridade traz enormes custos econômicos e sociais. "A austeridade fiscal levou muitos países de volta para a recessão na Europa", alertou. "Os esforços de lidar com a crise da dívida estão fracassando e gerando altas taxas de desemprego", completou a ONU. O Instituo Internacional de Finanças (IFF) divulgou novas previsões para a economia brasileira. A expectativa de 3% de crescimento para 2012 do País foi mantida.
DN
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