sexta-feira, 6 de abril de 2012

Coreia do Norte considera 'declaração de guerra' interceptação de míssil


A Coreia do Norte entenderá como uma declaração de guerra a intercepção do satélite que pretende pôr em órbita em meados deste mês, informou nesta sexta-feira (6) a agência sul-coreana "Yonhap".
Desta forma, o regime comunista responde às
intenções da Coreia do Sul e do Japão de derrubá-lo se representar uma ameaça a seus territórios.
Em comunicado emitido pela agência estatal norte-coreana "KCNA", um porta-voz do Comitê de Reunificação Pacífica da Coreia em Pyongyang afirmou também que a intercepção do satélite implicaria "uma tremenda catástrofe".
O regime comunista voltou a ressaltar que "o mundo já conhece" a natureza científica e pacífica do lançamento do satélite, ao tempo que reiterou que a transparência do evento está assegurada.
Para rebater as críticas internacionais, que consideram o lançamento um teste balístico encoberto, Pyongyang convidou jornalistas e analistas estrangeiros a assistirem ao evento, que planeja realizar entre os dias 12 e 16 de abril.
A ameaça de Pyongyang acontece depois de Coreia do Sul e Japão terem anunciado seus planos de interceptar o satélite norte-coreano se este desviar-se de sua trajetória prevista.
Neste sentido, o Japão determinou na quinta-feira (5) o desdobramento de um sistema de mísseis terra-ar em quatro pontos da província de Okinawa (ilhas ao sul), uma área que deverá ser sobrevoada pelo foguete.
A Coreia do Sul planeja, por sua vez, desdobrar dois destróieres no litoral oeste do país com capacidade para derrubar o satélite e avisou que acompanhará sua trajetória, já que pode supor um grave risco para sua segurança.
Fonte: EFE

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