Suspeita de sequestro devolveu bebê com carta sobre o crime no RJ

A mulher que teria sequestrado um bebê de quatro meses nesta sexta-feira (6), em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, e horas depois, arrependida,  devolveu a criança, deixou uma carta que explica os motivos de ter cometido o crime.

No texto, a pessoa se identifica como Roberta e diz que o filho, também de quatro meses, teria morrido. Desde então, ela frequentaria postos de saúde para roubar crianças. A mulher explica que colocou sonífero no bombom que deu à mãe do bebê, Priscila da Silva, mas se arrependeu.

"Preciso ter pena dela porque para mim uma pessoa dessas não tem coração. Ela perdeu o dela, mas não tem o direito de roubar o filho dos outros", disse a mãe, já com o filho no colo.

Uma pessoa teria visto o bebê sozinho em uma praça a 100 metros do posto de saúde, na Rua Pereira Neves, onde foi sequestrado, e ligou para o Conselho Tutelar.

"Quando eu o vi novamente foi como se tivesse vendo pela primeira vez. Bateu uma emoção muito grande", contou Priscila, emocionada.

Bombom causou desmaioO bebê foi raptado após a mãe comer um bombom e desmaiar em seguida, na calçada. A criança foi encontrada horas depois. Em depoimento à polícia, a mãe contou que aceitou o doce de uma mulher que conheceu na fila do posto de saúde onde vacinaria o filho, e que respondeu a uma série de perguntas sobre o neném.

"Ela era loura, magra e com os cabelos cacheados até o ombro. Pertuntou quanto tempo ele tinha de vida, a data que ele nasceu, e eu informei normalmente. Aí ela pegou e me ofereceu um bombom. Pouco depois da vacina, eu comecei a passar mal", conta Priscila.

Mulher ainda não foi identificada
Após desmaiar, a mãe acordou e ficou desesperada ao perceber que seu filho e a mulher tinham sumido. Policiais militares do 12º BPM (Niterói) foram acionados e começaram a fazer buscas pela criança.

Horas após o sumiço, o bebê foi encontrado e levado para o Conselho Tutelar do município. Segundo a PM, a mãe reconheceu o filho e registrou ocorrência na 82ª DP (Maricá), responsável pelas investigações do caso.

A Polícia Militar disse que a mulher que teria oferecido o bombom ainda não foi identificada.

informações do Jornal Hoje