quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Obama rejeita construção de oleoduto entre Canadá e Golfo do México


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou na quarta-feira (18) a construção de um oleoduto que percorreria o país desde o Canadá até o Golfo do México, o que gerou novas tensões com o partido republicano.
A decisão de Obama deixa em suspenso o projeto Keystone XL, avaliado em US$ 7 bilhões e que transportaria diariamente até 830 mil barris de petróleo até a costa do Texas.

O Departamento de Estado, ao qual Obama delegou em 2008 o processo de avaliação do projeto, justificou que a decisão foi tomada devido ao prazo outorgado pelo Congresso para o fim da revisão ser insuficiente.
O órgão dirigido por Hillary Clinton calculou que terminaria o processo no início de 2013. Porém, baseado nas informações que dispunha até esta quarta, o departamento afirmou que o oleoduto "não responde ao interesse nacional".
No entanto, o governo americano deixou aberta a possibilidade da empresa TransCanada apresentar uma nova solicitação de projeto.
Repercussão
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, expressou por telefone a Obama sua "profunda decepção" com a decisão, e advertiu que o Canadá "continuará trabalhando para diversificar suas exportações de energia".
A concorrência da China, que recentemente comprou um dos principais projetos petrolíferos do Canadá, foi alvo de críticas dos líderes republicanos no Congresso. A oposição lamenta também a perda dos cinco mil postos de emprego que o oleoduto criaria no setor de construção.
Pelo menos dois republicanos, o senador John Hoeven e o congressista Lee Terry, apresentaram projetos de lei que outorgariam ao Congresso autoridade para aprovar pelo menos parte da construção do oleoduto.
Ciente disso, o porta-voz da Câmara de Representantes, John Boehner, se comprometeu a explorar "todas as opções" para tentar reverter a decisão de Obama.
O assunto irritou também os pré-candidatos republicanos à Presidência Rick Perry e Newt Gingrich, que qualificaram a decisão de "sensacionalmente estúpida".
Sindicatos como a União Internacional de Operários da América do Norte América (Liuna, na sigla em inglês) também condenaram a decisão, ao assinalar que prejudica "os desesperados trabalhadores da construção que tentam alimentar suas famílias".
Por outro lado, grupos ambientais de todo o país, que lideraram grandes protestos em frente à Casa Branca, celebraram a decisão que, segundo eles, salva o país de um aumento na emissão de gases e da desestabilização dos ecossistemas do litoral.
Fonte: EFE

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